Luiz, cadê a água?! Visitando as cacimbas do condomínio

A situação do abastecimento de água do Condomínio Residencial Reserva Mirantes de Aldeia II é crítica. Este é um dos problemas mais graves que ora atravessamos e que merece ser discutido coletivamente em Assembléia Extraordinária, para que assim possamos chegar a soluções realmente satisfatórias. Sem água não há vida. É desnecessário dizer que sem este bem precioso ninguém consegue plantar, construir ou morar em paz em nossos lotes.




Caixa d'água de 20 mil litros
Se é verdade que a R Valois construções entregou o condomínio com uma cisterna com capacidade de armazenar 80 mil litros d’água, juntamente com uma caixa d’água de 20 mil litros, (ou seja, temos um reservatório que comportaria 100 mil litros d'água); infelizmente, também é verdade que ao invés de furar  poços com vazão suficiente para encher estes reservatórios de água, a Construtora simplesmente reaproveitou algumas cacimbas que  já existiam no local, cuja capacidade máxima de armazenagem gira em torno dos 10 mil litros d’água - se somado o volume de água das quatro cacimbas juntas! 




Comenta-se no condomínio que na ocasião da entrega do condomínio, a Construtora teria comprado carros pipa de água e enchido a cisterna de 80 mil litros para dar uma falsa impressão de que o abastecimento de água era satisfatório.

Realmente, os poucos condôminos que ora residem ou que mais freqüentam semanalmente o nosso Condomínio (como por exemplo: Petrônio, Plínio, Eric, Tiago, e eu, Goretti) temos nos estressado freqüentemente com a escassez ou falta total de água em nossas residências. 

Sexta-feira, 23 de dezembro, depois de eu ter estado fora do estado por 15 dias consecutivos, voltei pra casa e me deparei com a desagradabilíssima situação de ver a cisterna e caixa d’água de minha casa totalmente vazias.  Fiquei muito estarrecida com a situação, pois até então acreditava, baseada no que ouvi diretamente do atual Síndico, que o aprofundamento das cacimbas teria solucionado o problema d'água do condomínio.

Foi nesta conjuntura que decidi acompanhar o funcionário Luiz até o local das cacimbas para ver de perto a situação, e compreender melhor por que ele tinha recebido ordens de liberar água para nós moradores por apenas 10 minutos na parte da manhã e mais 10 minutos na parte da tarde. Tempos estes que são insuficientes para abastecer nossas casas com um volume de, pelo menos 2 mil litros de água diários - o que seria o mínimo necessário desejável.

Já no caminho, quando Luiz começou a me explicar como e por onde chega nossa água, eu pude observar que as chaves que controlam a passagem de água para as várias quadras do condomínio estão totalmente expostas a céu aberto. De fato, qualquer pessoa desautorizada pode mexer nas instalações a seu bel prazer - prejudicando a distribuição igualitária do limitado volume de água para as quadras já habitadas por condôminos.



Chegando lá no local das cacimbas Luiz e eu cronometramos o tempo e constatamos que em 27 minutos a bomba d'água esgotou a reserva de água de três das quatro cacimbas existentes:


E verificamos também que as cacimbasa naquela manhã armazenavam apenas entre 80cm a 1,5m de água - o que é um volume ínfimo de água, visto que já havia se passado 24h desde a última liberação da água, que no dia anterior só tinha acontecido pela manhã.

Esta tinha cerca de 80cm de água
Esta, cerca de 1,5m



















Com a bomba ligada, até mesmo a cacimba maior, que foi recentemente ampliada pelo recém eleito síndico, secou rapidamente tal como as outras, e com mais 10 minutos já estava totalmente seca - como podemos assistir nos vídeos abaixo:






A tampa que não veda
Além disso, saltou aos meus olhos o fato de que a fiação das bombas está instalada de forma inapropriada, impedindo que a tampa de uma das cacimbas seja totalmente fechada - isso inclusive pode ser considerada uma ameaça a saúde dos condôminos devido a epidemia de dengue que continua assolando o nosso estado.



E também vi alguns fios de instalação que levam à bomba principal totalmente soltos sobre o chão, numa instalação bastante descuidada.



Depois que as cacimbas secaram, Luiz e eu subimos de volta para verificar a situação da cisterna. E no extenuante e relativamente perigoso e íngreme caminho demos uma pausa para respirar, sonhar e conversar sobre a estressante situação deste precário abastecimento d'água do condomínio, que tem levado os condôminos a pensar que a água não chega às suas casas por mera má vontade de Luiz de liberá-la. Como podemos assistir no próximo vídeo:






Vimos que existem dois canos condutores principais da água e eletricidade que, além de expostos, estão enterrados sob os degraus da única trilha que leva até as cacimbas, podendo ser danificados a qualquer momento por um pedestre mais pesado e desatento. Esta inadequada instalação é injustificável e inaceitável, tendo em vista que a largura da maior parte da estrada de acesso à cacimba mede 5 metros de largura! Ou seja, o projeto condominial preveu espaço suficiente para se passar os canos e para uma trilha de pedestres. O que faltou foi profissionalismo e seriedade na execução desta obra.



Enfim, chegando lá em cima compreendi que, devido ao grande tamanho da cisterna com capacidade para armazenar 80 mil litros d'água e que ocupa uma área de cerca de 45 metros quadrados, o volume d'água vindo das 4 cacimbas que foi despejado nela só conseguiu enchê-la numa altura de um palmo e meio de profundidade. Este raso volume d'água dificulta o desempenho da bomba, cuja válvula não pode ficar descoberta ao puxar a água da cisterna para a caixa de 20 mil litros.


Dito isso, convido a todos os condôminos a se engajarem na discussão de medidas que deveremos tomar a curto, médio e longo prazo para minimizar e resolvermos junto com Robson, o atual Síndico, este sério problema de água que assola o condomínio. E peço ainda que as pessoas expressem o seu interesse e disponibilidade para nos reunirmos em Assembléia Extraordinária no mês de janeiro (domingo 22 de janeiro) para consolidarmos alguma estratégia de solução ou encaminhamento de projetos de perfuração de poços etc.

Obrigada por ler esta longa postagem.

Desejo muitas realizações e felicidades a todos!
Nós não precisamos esperar resolver todos nossos problemas para sermos felizes!
Nem tampouco que todos os problemas do condomínio estejam resolvidos para apreciarmos e desfrutarmos a beleza do lugar:



Goretti Rocha