A escassez de água se agrava no Condomínio Mirantes de Aldeia 2, mas existe luz no fim do túnel

 Prezados condôminos,

Quando decidi escrever e postar no blog “Luiz, cadê a água”, falando sobre o grave problema de escassez de água no Condomínio Mirantes de Aldeia 2, eu ainda não antevia que a repercussão daquela iniciativa seria tão boa e tão bem acatada pela vasta maioria dos condôminos  e que a mesma iria trazer bons frutos à nossa luta por soluções concretas para o grave problema de escassez de água em nosso condomínio.

Primeiro, tivemos a alegria de receber um email muito positivo de Rafaela, se colocando à disposição dos condôminos para resolverem o problema de abastecimento de água do condomínio Mirante de Aldeia 2. Ontem pela manhã, sexta 6 de janeiro de 2012, Ricardo Valois veio até o condomínio, para consolidar o compromisso da Construtora de solucionar o problema da escassez de água no nosso condomínio. Participaram da reunião Robson, o atual síndico, e Plínio, o vice-síndico financeiro. Lamentavelmente, só pude participar desta promissora reunião por pouco tempo devido aos compromissos inadiáveis, já assumidos anteriormente. Mas fiz questão de ir até eles para justificar minha ausência e agradecer o convite feito.


Durante os poucos minutos em que participei da reunião, tive a oportunidade de ouvir do próprio Ricardo Valois, no que concerne à questão do abastecimento de água do condomínio, está dito no Memorial Descritivo que é de inteira responsabilidade dos empreendedores um fornecimento satisfatório de água aos 187 lotes. Além disso Valois deixou bem claro que assim como todos nós queremos, eles também querem que o condomínio se organize se valorize e prospere; visto que eles também são condôminos, proprietários de 32 lotes. Valois também reforçou sua disposição e compromisso de realizar todas as pendências que a construtora deixou de realizar.

Portanto, minha gente, o ano de 2012 promete ser, para o nosso condomínio, um ano de muitas transformações positivas e realizações significativas.

Com relação à postagem “Luiz, cadê a água” Ricardo Valois aproveitou a oportunidade para confessar que a mesma o deixou bastante preocupado, pois poderia estar denegrindo a imagem da sua construtora e sua reputação enquanto político e empresário. Confesso que neste momento me compadeci com a aflição daquele Senhor tão calmo e de porte tão fino. E prometi divulgar tudo o que for feito para solucionar tal problema - e este post é um primeiro passo...

Naquele momento, para minha indignação, Robson, o atual síndico, fez questão de assinalar que aquela postagem não representava a opinião do condomínio, mas sim a opinião de Goretti; e que a opinião do condomínio era a resposta dele Robson, ‘O Síndico’, enviada por email para todos.  Ou seja, apesar de ter me convidado para ocupar o cargo de Sub Síndica Social e de Comunicação, e de o meu trabalho estar trazendo bons frutos, o Síndico traiçoeiramente preferiu me condenar publicamente. Dizendo que a minha postagem foi equivocada, e que ela desvalorizava o condomínio e prejudicava o valor dos lotes no mercado imobiliário. Plínio, atual braço direito de Robson, reforçou a mesma opinião do síndico, e em tom de protesto disse: “o meu lote também se desvaloriza quando o povo  fica sabendo que neste condomínio não existe água!”

Quando escrevi “Luiz, cadê a água?” foi movida pelo desejo de solucionar o problema de escassez de água do condomínio, pela raiz de uma forma justa e transparente.E isso precisava e ainda precisa ser feito, pois a atual administração sequer admite que o problema de escassez de água no condômino existe e é um problema sério, e que o mesmo deve ser resolvido junto aos empreendedores dentro de um amplo projeto. “Eu não posso cobrar taxas extras para realizar projetos de abastecimento de água, antes de prestar contas” foi esta a resposta que recebi quando propus ao Síndico a convocação de uma Assembléia Extraordinária para tratar da questão da escassez de água no condomínio. Além disso, o Síndico continua insistindo na teoria de que as 4 cacimbas existentes geram um volume de 24 mil litros de água por dia, e que esse montante é suficiente para abastecer as casas  dos pouco condôminos que lá moram e visitam o condomínio nos fins de semana.

Só que ironicamente, nós não vemos essa água chegar às nossas torneiras. Na quinta-feira, 5 de janeiro, cedinho de manhã, eu fui surpreendida com os gritos do síndico que passou em frente da minha casa esbravejando: “hoje não vai ter água pra ninguém neste condomínio, porque Petrônio, um dos proprietários, ligou a água sem permissão levando todo o volume da cisterna para a residência dele”. Eu fui conversar com Petrônio e ele negou veementemente essa acusação, um tanto quanto leviana e destituída de provas. Petrônio rebateu que Robson, em sua intempestiva visita ao condomínio naquela manhã, suspendeu a bomba e desconectou os seus fios de forma que ninguém poderia enviar água para as nossas residências. E de fato passamos mais de 3 dias sem receber um único pingo de água.

Em suma, o Síndico decidiu a seu bel prazer não abastecer de água nossas residências durante toda quinta e sexta feira e já no sábado no final da tarde algumas unidades receberam água, mas este não foi o meu caso. Ao invés de água eu recebi foi uma ameaça de ser multada caso eu tivesse a ousadia de usar novamente a água do salão de festas. De fato, eu passei a tomar banho no chuveiro do salão de festas desde quinta-feira, quando o abastecimento de água foi suspenso. E entendo que este é um direito meu. Se eu decidi, naquela quinta feira, colocar um pouco de água em alguma das minhas plantas que ficam coladas ao muro - que embelezam não só minha casa, mas também o jardim do condomínio – foi para evitar ter que fazer isto no final de semana quando havia 2 festas programadas no condomínio, uma no sábado e outra no domingo. 

Só hoje, domingo (8) de manhã é que finalmente alguns litros de água entraram na minha cisterna. Viva! 

Os três dias de lei seca, segundo Sr. Biu, permitiu que fossem acumulados cerca de 40 cm de altura de água na cisterna. E segundo, Petrônio isto representaria cerca de apenas 12 mil litros de água.

Se eu fui investigar o problema, documentar e finalmente publicar os meus achados foi com o intuito de tornar público este grave problema. Acredito que prestei um serviço à população – não só aos condôminos – mas a toda e qualquer pessoa que esteja querendo comprar lote ou investir neste condomínio; para que ninguém seja enganado, para que ninguém compre imóveis aqui, como foi o meu caso, ignorando a séria realidade da escassez de água do Condomínio Reserva Mirantes de Aldeia 2.

Felizmente algumas providências estão sendo tomadas e isto representa uma luz no fim do túnel. Mas muitas outras ainda precisam ser realizadas. É muito importante que nós condôminos estejamos unidos nesta luta.

Não vejo a hora de me sentar para escrever, relatando e divulgando os passos que os empreendedores e condôminos estiverem dando no sentido de solucionar este grave problema da escassez de água no condomínio.

É isso aí minha gente! Vamos continuar pensando positivo e acreditando que podemos e vamos realizar todos os nossos sonhos.

Goretti Rocha